terça-feira, 21 de setembro de 2010

bobo

Companheiros de copo me chamam de tolo,
Tolo é aquele que pensa mais de meia vez,
“Se liga, se toca, tá se passando de bobo”,
Bobo é aquele que não manda mensagem às 3.

“Nesse amor, amigo, você é apenas passageiro”,
Passageira é vida, aceite esse conselho,
E se jogue sem medo de bater a cara,
Para que a cicatriz sempre invada o espelho.

Comigo a razão sempre perde,
E quem se importa,
Se o importante me acorda com beijos, beijinhos?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

o silêncio do seu abraço

Meu abraço é o seu abrigo.
Fica aqui que você está segura.
Ninguém te alcançará enquanto eu não desatar o nó dos dedos.
Quando nada mais fizer você gargalhar,
Quando tudo mais fizer você se sentir desprotegida,
Corra para os meus braços.
Isso, eu jamais vou lhe negar,
Porque o melhor dos abraços foi você quem deu.
Inesperado, apesar de eu só esperar isso de ti.
Você sabe quando,
Você sabe como,
Você sabe onde.
E mesmo com o mundo desmoronando à nossa volta,
Tudo ficou em silêncio.
E foi sem palavras que você me disse o que eu precisava ouvir.

segunda-feira, 22 de março de 2010

pequena

Ávido por percorrer todo centímetro do seu corpo,
Esqueci o seu tamanho.
Esqueci que tinha mais tempo.
Com apenas um gole,
Satisfiz meus lábios com o gosto salgado da sua pele quente e macia.

Não tenho mais o que explorar aqui fora.
Que pena, Pequena, esqueci o seu tamanho.
Agora preciso descobrir o que tem aí dentro,
Onde você é maior do que eu imaginava,
Maior do que qualquer despedida.

quarta-feira, 3 de março de 2010

bonita, formosa, bela

Primeiro dia, o que será isso?
Fiz bem, fiz mal, só me contem na quarta-feira
Ela sobe fantasiada, pares de olhos fixos em seus movimentos
Bocas que só fecham no gole
Mãos que só abrem para uma próxima lata
Mal a conheço, e já é minha favorita,
Atrás o povo se fantasia, e vão atrás da bonita.

Domingo, a espera começa cedo
Quero mais, quero muito mais
E ela dobra a esquina, com o dobro do tamanho
Dá para tocar seus dedos do segundo andar
E passar por entre suas pernas no chão
Como uma criança ansiosa, fui atrás em polvorosa
Volte amanhã, minha formosa.

Falta pouco, mas ela vai reaparecer
Cochichos, dedos apontados, o som chega antes
Ela vem em seguida, liderando os fiéis
Senta-se, eles também
Presos no segundo que precede o arrastão
O povo congela, em seguida corre ela
Seguindo pela ruela, do Carnaval, a mais bela

Mas ainda falta o último dia
E junto a sua passagem final
Seja bem-vinda bonita, formosa e bela
Cante seu hino, que eu bato palmas
Porque é hoje que você se torna linda,
Salve o teu Carnaval, Olinda.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Nunca soube prever o futuro, mas sou especialista em evitar.